segunda-feira, 29 de outubro de 2018

Google destina US$ 20 milhões para projetos humanitários que usarem inteligência artificial (IA)

Organizações poderão receber ajuda da empresa sobre aprendizagem de máquina.

Por Reuters
O Google anunciou nesta segunda-feira (29) que oferecerá cerca de US$ 20 milhões no próximo ano para projetos humanitários e ambientais que usarem inteligência artificial (IA).

O "Desafio de Impacto IA" visa a inspirar organizações a pedirem ajuda ao Google sobre aprendizagem de máquina, uma forma de IA na qual computadores analisam grandes conjuntos de dados para fazer projeções ou identificar padrões e anomalias.


Rivais do Google, Microsoft e Amazon também promovem iniciativas "IA para o bem".

Focar em projetos humanitários poderia ajudar o Google a recrutar e também a amenizar críticas ao demonstrar que seus interesses em aprendizagem de máquinas se estendem para além de seu negócio central e outras áreas lucrativas, como trabalho militar.

Após reações negativas de funcionários, o Google disse neste ano que não renovará um acordo sob o qual analisa filmagens de drones militares dos EUA.

A diretora de IA do Google, Irina Kofman, disse à Reuters que o desafio não é uma resposta a tais reações, mas notou que milhares de funcionários estão dispostos a trabalhar em projetos de "bem social", ainda que eles diretamente não gerem receita.

“Inteligência Artificial (IA) é um ramo da ciência da computação que se propõe a elaborar dispositivos que simulem a capacidade humana de raciocinar, tomar decisões através de mecanismos ou softwares.”

sexta-feira, 26 de outubro de 2018

Sucesso depende mais da origem do que do talento, diz estudo

Pesquisa feita nos EUA afirma que nascer em família abastada e ter boa educação garante mais sucesso do que as habilidades natas

Por Ingrid Luisa
Talvez você já suspeitasse, mas agora cientistas provaram: nascer em uma família abastada garante mais o seu sucesso futuro do que suas próprias capacidades. Ou seja: não adianta nascer superdotado — se a pessoa vier de uma família que não forneça o suporte econômico necessário, isso vai impactar diretamente nos seus resultados mais para frente.

Segundo a pesquisa, as “dotações genéticas” (genes que conferem altas capacidades de aprendizado e inteligência) estão distribuídas quase igualmente entre as crianças vindas de famílias de baixa e alta renda. Mas o sucesso não.

Para constatar isso, Kevin Thom, economista da New York University, utilizou a base de dados genéticos de uma pesquisa que avaliou o genoma de mais de 1 milhão de pessoas, e o relacionou a diferentes potenciais de aprendizado. Essa pesquisa comprovou que há pessoas com genes que conferem altas capacidades de aprendizado, e isso está distribuído em todas as classes sociais.

Mas, o que Thom e seus colegas colocaram em números foi o sucesso futuro das pessoas com esses genes: apenas 24% delas, se nascidas em famílias pobres, conseguem concluir uma faculdade. Já dentre as nascidas ricas, 63% delas concluem o ensino superior.

As diferenças estatísticas ficam ainda maiores ao observar o outro lado, as pessoas que não possuem esses genes: 27% delas, se nascidas em famílias abastadas, se formam no ensino superior. O que é maior que o índice de pessoas pobres com alto potencial de aprendizado.

“Se você não tem os recursos da família, até as crianças brilhantes – aquelas naturalmente dotadas – terão que enfrentar batalhas muito difíceis”, disse Thom. “Muito potencial está sendo desperdiçado. E isso não é bom para eles, mas também não é bom para a economia. Todas aquelas pessoas que não frequentaram a faculdade, mas possuem altos níveis genéticos de aprendizagem, poderiam ter curado o câncer?” indaga o economista Johns Hopkins, colaborador do estudo.

quarta-feira, 24 de outubro de 2018

Curso: Oratória de Alta Performance

SUPERE O MAIOR MEDO DA HUMANIDADE


ORATÓRIA DE ALTA PERFORMANCE
Certificação 13h
12,13 e 14/11 Curso das 18h30 às 22h00
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Local: AUDITÓRIO DA ACISA
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terça-feira, 23 de outubro de 2018

O museu digital que te permite visualizar os primeiros sites da internet

O Web Design Museum criou um acervo com mais de 900 páginas da época em que a rede mundial de computadores estava só engatinhando

Por Rafael Battaglia


Internet discada. Pop-ups. Frames. WordArt. Se você não entendeu uma palavra até agora – ou se entendeu e sentiu aquela pontada de nostalgia no coração –, talvez seja uma boa visitar o Web Design Museum. O museu digital reúne mais de 900 páginas da internet que ficaram no ar entre 1995 a 2005, nos primórdios da rede.

Dos gigantes Google e Facebook a portais de notícias e sites institucionais, tem de tudo um pouco. O objetivo, segundo os organizadores do projeto, é criar um acervo das tendências do web design da época, para que os desenvolvedores atuais possam se inspirar.


Para isso, o o Web Design Museum conta com diferentes formas de visualização do seu conteúdo. Além dos destaques na página inicial, é possível conferir as páginas por ano, categoria (blogs, negócios, fotografia, e-commerce, etc.) estilo (preto e branco, minimalista, pixelado, etc.) ou ainda em linhas do tempo de cada empresa. Dá pra ver, por exemplo, toda a evolução da Netflix desde 2002, quando ela ainda era apenas uma locadora inovadora.

Exemplo:

Google: 1998 x 2018 (Web Design Museum/Reprodução)

Pensando a longo prazo

Dentre as “peças” do museu, os itens mais antigos são duas páginas de 1995: a da rede de notícias CNN e a do Governo de Quebec, Canadá. Esse último, em especial, possuía um contador de visitantes, item indispensável daqueles tempos (e que você provavelmente tinha no seu blog ou Tumblr).

O esforço em fazer uma curadoria da internet do passado é louvável. De 1991, ano em que a rede foi criada pelo cientista da computação Tim Berners-Lee, a 1996, o projeto estima que cerca de 250 mil websites foram criados. No entanto, há pouca informação dessa época disponível para pesquisa.

As coisas só começaram a mudar quando, em 1996, foi criada a Internet Archive, uma organização voltada à preservação de arquivos multimídia. Com a ferramenta Wayback Machine, é possível visitar cerca de 338 bilhões de páginas da web. Se pensarmos que a internet nasceu há apenas 27 anos, esse número só mostra o quão interessante será ver como as próximas gerações vão preservar essa montanha de conteúdo.

segunda-feira, 22 de outubro de 2018

Pessoas com câncer podem salvar pacientes do futuro com seu DNA

Tudo graças a um banco de dados compartilhado, para o qual qualquer paciente envia informações sobre o seu tumor para cientistas que estão procurando curas.

Por Ingrid Luisa
(krisanapong detraphiphat/Getty Images)


Pessoas com câncer passam por longos processos para tentar alcançar a cura. Às vezes, o paciente pode se sentir impotente por não ter muito mais o que fazer do que esperar e seguir corretamente o tratamento. Mas um novo projeto quer trazer a eles algo concreto com que se ocupar neste período – e que pode ajudar diretamente no combate mundial ao câncer.

Sem fins lucrativos, ele é apoiado por gigantes mundiais da saúde (incluindo o Instituto Broad, o centro de pesquisas biomédicas e genômicas de Harvard e do MIT). O objetivo da iniciativa é que pacientes com câncer concentrem suas informações médicas em um banco de dados unificado, com acesso direto de pesquisadores que estão em busca de cura.

Chamado de Count Me In, o programa permite que pacientes com câncer enviem dados médicos – incluindo amostras de sangue, saliva e de células do tumor – para este reservatório compartilhado entre pesquisadores do mundo todo. As amostras são geneticamente sequenciadas, e os dados, junto com o histórico médico do paciente (incluindo todos os tratamentos já feitos) são anonimizados para a segurança de todos os participantes.

Os cientistas vão poder usar a ferramenta para encontrar padrões entre os pacientes – o que pode levar a novas descobertas sobre o câncer e, mais importante, sobre como tratá-lo. Até agora, 5.500 pessoas enviaram suas informações, e o objetivo do grupo é chegar a marca de 100 mil pessoas nos próximos anos.

sexta-feira, 19 de outubro de 2018

Em dois anos falaremos mais com robôs do que com humanos

Não é mais futurismo de seriados sci-fi dos anos 1970: pesquisa da Gartner indica que conversaremos mais com robôs. E é pra já.

por: Fernando Souza Filho

Foto: Kevin Ku / Unsplash.com
Por volta de 2020, nós estaremos conversando mais com robôs do que com outros seres humanos ― e isso inclui até sua família, pois os dispositivos pessoais saberão mais sobre você do que seus próprios parentes.

E mais: em 2022, cerca de 20% de todos os cidadãos das nações desenvolvidas usarão assistentes de Inteligência Artificial para ajudar nas tarefas operacionais e 30% das experiências dos clientes serão gerenciadas por agentes de conversação, ante apenas 3% em 2017.

Essas são as principais conclusões do novo estudo da Consultoria Gartner sober o tema, que aponta ainda: a sociedade fique está cada vez mais propensa a interagir com um bot ― mesmo sem nunca conhecê-lo.

“Os chatbots, que são as ferramentas de conversação em tempo real, vêm para amplificar o entendimento dos anseios dos consumidores, mapeando e analisando suas necessidades desde o momento em que eles iniciam um contato com um canal de atendimento até a resolução final, ajudando-os a interagir com as empresas de forma mais rápida e assertiva”, explica Alexandre Bernardoni, diretor de produto e sócio-fundador da Hi Platform, pioneira na implantação de chatbots no Brasil.

Ele defende que estamos na era da digitalização e da industrialização 4.0, por isso, a Inteligência Artificial veio para mudar a maneira como as pessoas se relacionam com as empresas para satisfazer diversas demandas de compras, dúvidas, pedidos e até reclamações sobre produtos e serviços.

“As pesquisas já apontam que o consumidor prefere resolver a maioria das questões pelo autoatendimento sem qualquer interação humana”, diz Bernardoni. “No entanto, poucas empresas disponibilizam esse tipo de canal, ou seja, o consumidor está em uma ponta querendo um autoatendimento e as empresas têm, às vezes, de 8 a 10 tipos de canais, mas não aquele que o consumidor quer. E nos próximos quatro anos, essa demanda só tende a crescer.”

Outra conclusão do estudo é que, até 2020, 50% das solicitações de atendimento ao cliente de varejo serão conduzidas, pelo menos parcialmente, por meio de aplicativos de conversação baseados em IA.

“As ferramentas ajudam a melhorar a performance de atendimento mais relacionada às dúvidas básicas dos consumidores, ganhando agilidade e reduzindo custo, deixando para o atendimento humano as questões mais estratégicas a serem solucionadas. Os dados estão cada vez mais expostos e as companhias poderão utilizar a inteligência artificial a favor do alinhamento de expectativas e da melhora da experiência do consumidor”, esclarece Bernardoni, que mantém atualmente uma operação de 150 milhões de atendimentos via chatbot e viu os contratos que envolvem o atendimento via robôs (chatbot) aumentar em 160% em apenas um ano.

quinta-feira, 18 de outubro de 2018

Quais fake news vão confundir o eleitor nesta quinta-feira?

Em eleição marcada por mentiras surreais como kit gay e mamadeiras eróticas, Jair Bolsonaro tem se beneficiado com a batalha da desinformação.



Por redação exame



Quais notícias falsas serão compartilhadas nesta quinta-feira pela campanhas dos presidenciáveis e por seus aliados para tentar ampliar a rejeição ao adversário? Dentre as marcas inabaláveis do pleito de 2018 está o peso das fake news distribuídas via rede social para minar sobretudo a candidatura do petista Fernando Haddad, cuja rejeição bateu 47%, segundo o último Ibope.

Um estudo feito por USP, UFMG e Agência Lupa mostra que apenas quatro das 50 imagens mais compartilhadas em grupos de WhatsApp entre 16 de agosto e 7 de outubro são verdadeiras. E elas não necessariamente primam pela verossimilhança. O site BuzzFeed chegou a fazer, nesta quarta-feira, uma lista com as fake news mais bizarras da eleição. A maior parte tem Haddad e sua chapa como alvo. Entre elas estão “mamadeiras eróticas não foram distribuídas em creches pelo PT” e “é falsa foto de Manuela com camiseta que traz a frase ‘Jesus é travesti’”.

A fake news campeã das eleições poderia entrar para a lista: o inventadíssimo kit gay (uma suposta cartilha criada por Haddad para espalhar o homossexualismo nas escolas). O Monitor do Debate Político no Meio Digital, ligado à USP, mostra que apenas uma postagem de Jair Bolsonaro (PSL), referindo-se a Haddad como “pai do kit gay”, teve mais de 115.000 compartilhamentos desde que foi ao ar, no dia 10 de outubro. O pastor Silas Malafaia, aliado de Bolsonaro, é outro campeão de compartilhamento da mentira. O Tribunal Superior Eleitoral determinou, na terça-feira, que “kit gay” não existe e determinou a suspensão de links sobre o tema.

Ontem, o próprio candidato do PSL editou uma fala de seu adversário que tinha como tema a mentira para confundir os eleitores. Bolsonaro divulgou trecho de uma entrevista de Haddad ao El País em que o petista fala “ao longo de 28 anos como deputado ele não mentiu, só está mentindo agora”. O capitão afirma que “depois de Cid Gomes, agora é a vez do próprio Andrade tentar ajudar Bolsonaro! 

Pouco depois, porém, o El País postou no Twitter a entrevista completa afirmando que Bolsonaro editou trecho para “sugerir que Haddad o elogia”. Na sequência da frase postada pelo adversário, Haddad afirma que ele não mentiu porque “disse que fecharia o Congresso se fosse presidente, que o filho foi bem educado e não namoraria uma afrodescendente”.

Enfim: não é das mentiras mais cabeludas da campanha, mas é mais um episódio de como entrevistas e frases colocadas fora de contexto e distribuídas pelas redes sociais causam um desserviço ao eleitor.

quarta-feira, 17 de outubro de 2018

Lula é condenado a pagar multa por ‘litigância de má-fé’ em processo de chácara no ABC


Por G1
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi condenado a pagar multa por litigância de má-fé, acusado de tentar enganar a Justiça em um processo pela construção de uma chácara em São Bernardo do Campo, no ABC. A decisão foi assinada em 9 de outubro pelo juiz da 1.ª Vara da Fazenda Pública, José Carlos de França Carvalho Neto.

O petista alegava que houve abuso de autoridade por parte da Prefeitura de São Bernardo do Campo por ter embargado, no ano passado, a construção da casa de campo no terreno próximo à Represa Billings. Desde 2017 o município é administrado pelo prefeito Orlando Morando, do PSDB. Seu antecessor é Luiz Marinho, do PT.

O juiz considerou que Lula "alterou a verdade dos fatos, havendo litigância de má-fé". Segundo o magistrado, a obra foi embargada por "construção sem autorização", não havendo abuso de poder por parte da Prefeitura.

De acordo com a decisão, o ex-presidente "fez constar expressamente que não haveria movimentação de terra" durante a obra, afirmando que a tipologia proposta para construção não demandaria isso. Fiscalização posterior teria demonstrado, porém, que houve, sim movimentação de terra, o que motivou o embargo à obra.

"O imóvel está localizado em zona urbana; é imperiosa a necessidade do alvará de obras e compete ao Município o licenciamento ambiental. Requer a denegação da segurança, juntando documentos", segue a sentença.

De acordo com o juiz, o ex-presidente estava "ciente de que qualquer movimentação de terra deveria ser informada ao órgão de fiscalização, indicando o volume".

A nova casa de campo seria construída ao lado do sítio "Los Fubangos", propriedade comprada por Lula na década de 1990 e que foi frequentada por ele até 2004. Naquele ano, o então presidente foi orientado pelo Gabinete de Segurança Nacional (GSI) a deixar de visitar Los Fubangos após animais terem sido mortos a facadas lá.


LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ

A litigância de má-fé se configura quando a parte deduzir pretensão ou defesa contra texto expresso de lei ou fato incontroverso; alterar a verdade dos fatos; usar do processo para conseguir objetivo ilegal; opuser resistência injustificada ao andamento do processo; proceder de modo temerário em qualquer incidente ou ato do processo; provocar incidentes manifestamente infundados ou, ainda, interpuser recurso com intuito manifestamente protelatório (artigo 17 do CPC).

terça-feira, 16 de outubro de 2018

Como saber se uma notícia é fake news

Serviço do portal G1 permite verificar a veracidade de assuntos compartilhados em mensageiros e redes sociais

Por Marvin Costa, para o TechTudo




A iniciativa Fato ou Fake, do G1, oferece um site em que usuários podem buscar e verificar se um determinado assunto é fake news. O Banco de Boatos é uma ferramenta de busca integrada ao banco de dados do Fato ou Fake. A plataforma reúne, em uma única página, todas as notícias identificadas como falsas que circulam em correntes do WhatsApp e em compartilhamentos no Facebook, por exemplo.


Ao encontrar um boato, usuários podem ler um rápido texto sobre o assunto e abrir a mensagem falsa que viralizou na web. Além disso, o site oferece um link que leva a uma matéria com mais detalhes sobre a notícia falsa. Durante o período eleitoral, a proliferação de fake news é mais intensa, principalmente envolvendo os nomes dos candidatos. Veja a seguir como usar a ferramenta para evitar que boatos continuem sendo compartilhados na web.

Acesse o link a seguir (http://especiais.g1.globo.com/fato-ou-fake/2018/banco-de-boatos) e digite na barra de busca um termo da notícia que deseja checar.

sexta-feira, 12 de outubro de 2018

RESENHA CRÍTICA DA OBRA “DOS DELITOS E DAS PENAS”, de Cesare Beccaria.



 INTRODUÇÃO

            A obra “Dos Delitos e Das Penas” de CESARE BECCARIA.  Apresenta uma critica as vantagens da Sociedade que não são igualmente repartidas entre todos os membros, certa tendência em acumular em menor número, poder e felicidade deixando a maioria na miséria.
O Livro aborda varias áreas do Direito Penal demonstrando como este tem sido usado durante muito tempo como: instrumento das paixões da minoria, ou o produto do acaso e do momento, e nunca a obra de um prudente observador da natureza humana, que tenha sabido dirigir todas as ações da sociedade com este único fim: todo o bem-estar possível para a maioria”. (pag. 21)

RESUMO

A origem das penas e do direito de punir e demonstrado na obra como a necessidade do homem em se unir em sociedade através de um contrato social visando não viver mais em um estado total de guerra e usufruir de uma liberdade pela certeza de conserva-la, sendo o conjunto de todas essas liberdades o fundamento do direito de punir.
Beccaria defende a humanização das penas caracterizando como sanções e não punições, proporcionais aos delitos cometidos.
As leis são delimitadas como instrumento de controle social para que os seres humanos se respeitem, dando ênfase a importância da lei escrita para que todos tenham conhecimento e nenhum cidadão venha cometer um delito por desconhecimento, gozando com segurança de sua liberdade e de seus bens, pois esta e a finalidade da reunião de homens em sociedade.
Cesare fala que as provas quando dependentes de uma única prova, a quantidade dessas nada muda, pois se essa prova forte for destruída as demais não terão mais nenhum sentido. Mas, quando as provas são independentes entre si, o número, a quantidade, de provas importa visto que quanto mais prova forte mais provável que o delito tenha de fato ocorrido e se constatar que uma é invalida ou falsa, não influirá sobre a validade das demais.
Beccaria se demonstra desfavorável às acusações secretas, pois acredita ser essa a consequência de uma constituição fraca de um Estado. Preferindo a acusação pública, que é a mais positiva para o bem coletivo.
O autor não vê sentido em exigir que o acusado jure dizer a verdade, pois ele tem o interesse em cala-la, pois não acreditava que o homem pudesse jurar de boa-fé que vai contribuir para a sua própria destruição. Também fez protestos contra a prática abusiva nos tribunais como os julgamentos secretos, interrogatórios sugestivos e a utilização de tortura nas confissões.
Sobre a pena de morte um cidadão não pode ter a vida tirada, a não ser que seja a única forma de impedir a prática de mais crimes. Segundo Beccaria as pessoas possuem mais medo de serem destituídas de uma vida inteira de liberdade do que o único momento em que verão suas vidas se esvair. para as pessoas, a morte de um indivíduo apenas é um espetáculo e não uma forma de castigo pelo crime que foi cometido.
Beccaria busca penas justas para cada tipo de delito e não penas absurdas que favoreçam, por sua característica severa, o seu não cumprimento e arbitrariedade perante o Estado. 
É preferível prevenir os delitos a ter de puni-los; e todo legislador sábio deve antes procurar impedir o mal que repará-lo, pois uma boa legislação não é mais do que a arte de proporcionar aos homens a maior soma de bem-estar possível e livrá-los de todos os pesares que se lhes possam causar, conforme o cálculo dos bens e dos males desta existência.
 Sobre o fisco a forma de atuar, deve ter como eixo o interesse público e não ser, simplesmente, um meio de o Estado lucrar em cima de seus cidadãos, o Juiz através do processamento e do julgamento das ações fiscais, tem o poder de usar os meios e os argumentos favoráveis para impor o bem público sobre o abuso do poder estatal.
As penas infamantes segundo o autor devem ser raras, porque o emprego demasiado frequente do poder da opinião enfraquece a força da própria opinião. A infâmia não deve cair tão pouco sobre um grande número de pessoas ao mesmo tempo, porque a infâmia de um grande número não é mais, em breve, a infâmia de ninguém.
O autor acredita que a presteza da pena e útil, pois quanto menos tempo decorrer dentre o delito e a pena mais pessoas ficarão compenetradas da ideia que não a crime sem castigo, se decorrer muito tempo dentre o delito e a pena o prazer e a dor seriam sentimentos isolados e logo esquecidos, e da maior importância punir um crime prontamente se quiser que a pintura sedutora das vantagens de uma ação criminosa desperte imediatamente a ideia de um castigo inevitável, talvez assim o sentimento de horror pelo castigo afaste de cometer um grande crime.
A grandeza do crime não depende da intenção de quem o comete porque a intenção do acusado depende das impressões causadas pelos objetos presentes e das disposições precedentes da alma. Esses sentimentos variam em todos os homens e no mesmo indivíduo, com a rápida sucessão das ideias, das paixões e das circunstâncias.
Se punisse a intenção, seria preciso ter não só um Código particular para cada cidadão, mas uma nova lei penal para cada crime.
Muitas vezes, com a melhor das intenções, um cidadão faz à sociedade os maiores males, ao passo que outro lhe presta grandes serviços com a vontade de prejudicar.

CONCLUSÃO

O Direito Penal é um seguimento de libertação contínua, que pode ser influenciado de forma negativa pelas ideologias jurídicas, manipuladas por todos aqueles que detêm influência ou força de poder, como demonstrou Cesare Beccaria ao longo de sua obra, destacando a importância de mantermos o código penal sempre atualizado a nossa época, com uma obra que após tanto tempo mantém criticas que podem ser aplicadas nos dias atuais. 

            Beccaria deixa claro em sua obra que para que não seja um ato de violência a um cidadão, a pena aplicada deve ser proporcional ao delito cometido.




REFERÊNCIAS

Beccaria, CESARE. Dos Delitos e das Penas. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais 1997 2ª edição.

quinta-feira, 11 de outubro de 2018

“Em um mundo onde existe uma riqueza de informação,
existe freqüentemente uma pobreza de atenção.”
Ken Mehlman

quarta-feira, 10 de outubro de 2018

A segurança da informação e seu papel para o sucesso ou o fracasso de um negócio

Por Thales Cyrino

Quando os setores de marketing ou de produtos criam uma novidade, a área de segurança da informação (SI) é sempre vista como aquela que causa dificuldades colocando uma série de regras, e requisitos afetando diretamente os investimentos e o tempo de lançamento necessários para iniciativas.

Em muitos desses casos, as empresas optam por correr o risco e disponibilizar essas ofertas no mercado mesmo sem seguir as diretivas de segurança, expondo todo o negócio a um risco desnecessário que pode chegar a comprometer o futuro, causando enormes prejuízos e até mesmo a falência.

Neste sentido, não podemos esquecer que, com a transformação digital e o alcance possibilitado por ela, organizações podem se tornar de um dia para o outro, grandes players, mas também podem deixar de existir em instantes, principalmente se o impacto negativo no brand for definitivo.

Isso sem falar nas multas e sanções que ocorrem se não houver o cumprimento de algumas leis previstas em regulamentações internacionais, como o General Data Protection Regulation (GDPR) – lei de proteção de dados e da identidade dos cidadãos da União Europeia; e também nacionais, como a recente Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) que passará a valer a partir de fevereiro de 2020, e que determina como os dados dos brasileiros devem ser coletados e tratados.

Mas, como podemos resolver isso? Devemos deixar de criar e abandonar de vez a era da inovação, para não “bater de frente” com as exigências de SI? Não, claro que não! É preciso, antes de tudo, criar uma grande mudança cultural para que todas aquelas exigências que citei no começo deste artigo sejam vistas com bons olhos. É fundamental deixar claro que elas fazem parte da transformação que estamos vivendo, e que são elas que poderão garantir o sucesso ou um fracasso de um negócio.

Outros temas também devem ser vistos com mais atenção nesse processo que coloca a segurança como prioridade, entre eles, o security by design, um conceito que consiste em levar a segurança em consideração em todo o ciclo de desenvolvimento de um novo software, hardware ou aplicação, prevendo qualquer possibilidade de riscos. Ou seja, não basta apenas criar. Os times devem gerenciar, monitorar e garantir a segurança dessas criações, pois se essa proteção não for concebida desde o início, provavelmente haverá brechas que podem causar sérias consequências.

Já está mais do que na hora das empresas tratarem a segurança da informação como um acelerador de crescimento que permitirá apoiá-las neste cenário de mudanças constantes que estamos vivendo, garantindo que, pessoas, processos e tecnologia estejam alinhados com o objetivo do negócio.

Thales Cyrino é Cybersecurity Business Development Manager da Dimension Data no Brasil, empresa global de soluções e serviços de tecnologia da informação.

segunda-feira, 8 de outubro de 2018

D'NEK Consultoria & Negócios


 D'NEK Consultoria & Negócios



A D'NEK Consultoria & Negócios é uma empresa que oferece diversos serviços na área empresarial para instituições de pequeno, médio e grande porte. Atua dando suporte para empresas (públicas ou privadas) que buscam apoio na gestão, liderança de mercado, divulgação de suas marcas, estabilidade, nova cultura organizacional, diferenciação, alinhamento de conhecimento.


Tel: +55 68 3216-7003
https://www.dnek.com.br